sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Hefesto, Hermes e a CPBR8

Eu ia escrever um post super cabeça a respeito de narrativas, mas nessa madrugada caiu a ficha do povo de que a Campus tá acabando e que precisa ser curtida até o fim, e o nível de caos chegou a níveis que me impedem de pensar com clareza em qualquer coisa que não seja o momento presente.

E foi assim que rolou uma libação de guaraná Jesus e uma oferta de M&Ms para Hefesto e Hermes, porque apesar de tudo eu sou uma pessoa irritantemente religiosa.

Quando a gente pensa nos deuses, a gente tem duas opções: parar no tempo, ou tocar o barco em frente e enxergar a presença deles nas coisas dos nossos dias. Afinal, era isso que os antigos faziam. E ai, quem é responsável por essa porra toda?

Hefesto é o senhor da Tecnologia. Pertenciam a ele todas as tecnologias de ponta da antiguidade, representadas na forja e em toda técnica de manufatura. Hefesto no meu altar tem entre os objetos que ofereci para ele, junto com uma miniatura de bigorna, uma placa de memória RAM. Hefesto é o deus que mobiliza as mãos de uma pessoa que monta uma impressora 3D, que sopra no ouvido do cara debruçado em cima de aprender a lidar com Arduíno, que anima o fulano fazendo um casemod. Hefesto é um deus do hardware, da máquina, da robótica, mas também está na tecnologia de software que permite isso tudo funcionar, do mesmo modo que para os gregos, era aquele que criava beleza com a decoração precisa de um objeto eficaz. Porque para os antigos helenos, não basta ser útil, tem que ser belo, tem que ser bacanudo.



Hermes é o trickster, o senhor da trapaça, e o deus mensageiro. Comunicação, e ainda mais comunicação rápida, é o território de Hermes. Ele é quem senta do lado e observa enquanto mensagens são trocadas e contatos são feitos, a cada troca de cartões de visita e desconhecidos que sentam juntos para resolver alguma coisa.  Ao mesmo tempo, scams, spams, pirataria de dados, tudo isso entra nas tramas de trapaça que o filho de Maia abençoa.  Tanto a bagunça que permeias a arena, a bagunça idiota e a que está cheia de caos criativo, quanto as rodinhas de gente discutindo seriamente debruçadas em torno de uma discussão ética ou da resolução de um problema técnico tem a benção de Hermes. Viajantes de todo lado chegando e se concentrando, o que poderia ser mais favorável à presença de Hermes?


Claro que podemos olhar por outros deuses. A Campus B é território de Dionísio até certo ponto, e de Ate, a deusa da insensatez, depois disso, que ela com certeza tá dormindo no sofá aqui na CP. Apolo, sendo o deus daquilo que acerta de longe, tem seu espaço garantido aqui por motivos de programas fazerem isso. Zeus, senhor da ordem e da eletricidade, alfa e ômega, torna possível a porra toda.




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